O Brasil está no centro das atenções de dois grandes eventos esportivos: Copa do Mundo 2014 e Olímpiadas 2016.
Foi meio polêmica a escolha do logo dos mundiais de 2014, mas para evitar que isso também aconteça, a organização do Rio 2016 realizou um concurso para a escolha do seu logo. Confira a seguir a matéria extraída, na íntegra, do site www.copa2014.org.br:
Oito escritórios de design gráfico foram classificados para o processo final de escolha da logomarca dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Selecionados entre 139 empresas que participaram da primeira fase da seleção, os escritórios entregaram ontem (4/8) suas propostas ao Comitê Organizador do evento. As finalistas são Brainbox Design (PR), Dupla Design (RJ), Future Brand (SP), Gad Design (SP), Magenta Design (RJ), Soter Design (RJ), Studio Lúmen (PR) e Vinte Zero Um (RJ).
Ao contrário do processo de escolha da logomarca da Copa de 2014, a conduta para a marca da Rio 2016 é elogiada pela comunidade de designers brasileiros. "Acho ótimo que tudo esteja sendo feito segundo os padrões de concursos de design consagrados", disse Bruno Lemgruber, presidente da ADG - Associação dos Designers Gráficos do Brasil. "O Comitê Rio 2016 está alinhado aos padrões internacionais e tudo está sendo bem feito. Com a Fifa tentamos dar todas as referências para um processo mais bem conduzido, mas infelizmente não foi esse o padrão que definiu a marca da Copa. Mas como a federação é uma entidade particular, não está obrigada a justificar suas decisões", completou Lemgruber.
O professor e designer Auresnede Pires Stephan (Eddy) acha que o processo de escolha da marca Rio 2016 foi muito mais coerente do que o da Copa 2014. "Independente do resultado final - porque todo resultado é passível de crítica -, estou bem impressionado. E espero que o mesmo cuidado observado prossiga nas etapas posteriores", comentou Eddy. O designer sugere que todo o andamento do processo seja levado a público e divulgado pela imprensa. E recomenda que ainda que todas as etapas gráficas sejam mostradas em exposições. "Caso a divulgação dos desenhos ocorra somente no final, nada impede que se faça uma exposição itinerante com imagens e textos, mostrando o vencedor e os sete outros finalistas", explica Eddy. Desta forma, defende o profissional, o grande público seria informado, didaticamente, sobre os conceitos de cada proposta e dos critérios para sua classificação. "Isto destacaria a transparência do processo, e seria uma estratégia educacional, ajudaria a formar o olhar", defende Eddy.
A gerente de marca do Comitê Rio 2016, Beth Lula, confirma o tom meticuloso na preparação deste processo: “Foi um trabalho difícil apontar as oito finalistas, pois o nível das empresas inscritas foi excelente", conta. Para Beth Lula, a qualidade observada a cada passo deve se refletir no resultado final: "Teremos uma marca de muito sucesso, que vai entrar para a história do Movimento Olímpico e do design brasileiro", declara.
Sobre os conceitos que embasaram o desenvolvimento dos projetos, ela é enfática: "Durante o briefing técnico, ressaltamos que a marca precisa refletir a cultura local, mas ao mesmo tempo ter alcance global; precisa ser alinhada com os valores olímpicos, evitar estereótipos e ser inspiradora para diversos públicos. Além disso, deve refletir os conceitos de paixão e transformação do projeto Rio 2016”, explicou Beth Lula.
Vencedora será divulgada em 31 de dezembro
Nos dias 6 e 7 de agosto as propostas serão avaliadas e todas as finalistas receberão um diploma de participação e pro-labore no valor de R$ 10 mil. Depois de escolhida a vencedora, o Comitê Rio-2016 enviará a logomarca para aprovação final do Comitê Olímpico Internacional (COI). A vencedora receberá R$ 50 mil pela criação da marca e assinará contrato para prestação de serviços de design. A logomarca da Olimpíada de 2016 somente será revelada ao público no dia 31 de dezembro, dentro das comemorações de Ano Novo.
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